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Fabio Woody

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Fabio Woody, paulistano, diretor, roteirista, poeta, cartunista, faz da comunicação visual o seu caminho. Um espírito livre, que conseguiu conservar viva a espontaneidade e a capacidade de encantamento que as crianças costumam perder quando se transformam em “adultos”. E sua trajetória deixa claro de onde vem sua energia: Fabio é movido pela paixão.

O artista, poeta, absorveu um caleidoscópio de influências que passam por diferentes linguagens, onde estão presentes o modernismo e a cultura contemporânea. Sua arte resulta em composições em que a sua poética exerce um papel fundamental. 

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O estudo e a técnica complementam aquilo que inspira e move cada passo de sua carreira: uma inegável paixão, renovada a cada tema. Uma arte feita com lirismo impar que nos conquista pela carga emocional de quem executa da mesma maneira que respira.

De Quem é a Culpa Quando a Festa Passa dos Limites?

A série trata da impossibilidade de diálogo em um ambiente de excessos. Excesso de cores, de dinamismo, de luzes, de falatório, de ritmo - em suma: de ruído.

 

Em meio ao ruído, as percepções do outro (e de nós mesmos?) ficam distorcidas. Sendo impossível ouvir, projetamos um outro idealizado, transformado, inexistente. Uma série de diálogos impossibilitados. Todos falam e ninguém ouve. Caos divertido.

 

Para a produção, inteiramente digital, o artista se utilizou de preceitos compositivos da pintura e do stencil art. Além de recorrer a uma gama de tipografias e a uma dedicada pesquisa a figuras de personagens obscuros ou coadjuvantes nas páginas de histórias em quadrinhos da chamada "Era de Ouro" - entre as décadas de 30 e 40 do século passado (da Segunda Guerra Mundial ao início do pós-Guerra).

 

Esse garimpo, aplicado de forma borrada, manchada, "suja", agrega à estética geral da série um aspecto de sucata. Personagens que se apresentam com um quê de decadência, remetendo a repetições de clichês charmosamente inadequados.

 

Como um todo, a apreciação visual propõe mais uma fruição de formas e padrões do que propriamente uma narrativa racional e linear. Nesse caldo de formas, a figura dos personagens acaba em muitos casos sendo quase uma "cereja" no bolo.

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