Pedro Lopes – Fama & Realismo

 

A obra de Pedro Lopes é, acima de tudo, surpreendente. O que estamos vendo é um desenho? Ou é fotografia? Seus retratos, de uma beleza rara, são feitos com lápis de cor comum. E o realismo é tanto que ele divulga vídeos hipnóticos  para documentar o processo de criação. Encantados, vemos surgir olhos penetrantes, cheios de expressão e algum rímel. Depois uma boca, que parece prestes a falar ou beijar. Até que a obra se completa. E quem vê o resultado final não acredita que lápis de cor idênticos aos que usava na escola bastaram para compor algo tão perfeito.

 

O artista, autodidata, é gaucho de Passo Fundo. Os primeiros desenhos de borboletas na infância levaram ao início efetivo aos 14 anos. Hoje, os retratos de celebridades são sua marca registrada. A Arte corre em suas veias. A ponto de ele se identificar como Pedro Lopes Art. E quem conhece seus desenhos só pode considerar muito adequado esse “sobrenome”. Artista noturno, ele tem uma grande sintonia com a música. Pinta os retratos de Taylor Swift ao som de seus sucessos. E se o retrato é de um ator, ele pinta ao som da trilha sonora do filme.

 

Pedro sabe que seu destino é a manifestação artística. Mas não se preocupa com os caminhos e estilos que possa vir a seguir. Muitos nesse ramo se dedicam a retratar latas, copos, objetos comuns. Outros como Juan Francisco Casas, até representam a figura humana mas em poses que, contraditoriamente, fogem da realidade. Seja qual for a evolução estilística, Pedro Lopes é um nome a ser lembrado. Porque, a exemplo de ícones como Picasso e Dalí, ele domina totalmente a técnica. E pode conduzi-la para o caminho que desejar. O olhar de Pedro Lopes revela um traço profundamente humano. Talvez por isso, o observador se identifica  e sonha com a possibilidade de um dia ser por ele retratado.

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