A VOCAÇÃO E A CORAGEM DE MARIANA MENDONÇA!
O trabalho da UP Time Art Gallery é inspirar e fascinar através da Arte. Nossos artistas apresentam trabalhos que retratam nossas emoções, nossas causas, nossas vidas. O público sempre quer conhecer o artista por trás da obra. Quem é, como pensa? Que história de vida levou a esse trabalho?
Hoje conversamos com Mariana Mendonça.
A Arte dual de Mariana Mendonça abraça o clássico e o contemporâneo. As ovelhas e o leão, o Universo e o indivíduo. Em suas imagens, lugar de destaque para crianças, animais, mulheres. Uma inclusão que convive com a consciência do longo caminho a ser percorrido para que sejam tratados com a dignidade e o respeito merecidos.
Nesta entrevista, Mariana Mendonça nos conta sobre sua trajetória e suas convicções. E compartilha conosco suas impressões sobre temas fundamentais que lhe são caros: vocação, liberdade e coragem.
Como foi o início de sua carreira?
Minha conexão com a arte se revelou muito cedo. Na escola, desenhava para os colegas. O destaque nas aulas de Artes uma constante. É fascinante como as preferências e a vocação podem se manifestar tão cedo. Segui meus estudos e me formei em Direito. Mas não resisti ao chamado das Artes, em especial a Pintura.
O início da carreira não foi fácil. Essa decisão, que foi fruto de um enorme amor pela Arte, exigiu muita coragem e desapego. Aos poucos as portas foram se abrindo, levando a exposições individuais e coletivas.
De um modo geral, como é a sua Arte?
Minha Arte vem de dentro. É genuína. E representa a coragem necessária para conquistar destaque em qualquer área, especialmente para as mulheres. Criatividade e perfeccionismo a serviço do prazer em experimentar. Uma Arte colorida e figurativa onde manifesto meu amor pelas formas humanas e minha opinião sobre o mundo em que vivo.
Como desenvolveu seu estilo?
Meu estilo se desenvolve de um modo muito natural. É fruto de minhas observações, muita experimentação e de minhas vivências. Nesse desenvolvimento, há também lugar para a inspiração que vem dos artistas clássicos e contemporâneos.
Nós sabemos que um dos objetivos da Arte é refletir o contexto social de sua época. Como ela se caracteriza nos tempos atuais e o que estaria refletindo sobre o mundo em que vivemos?
Minha Arte representa a necessária reflexão sobre os desafios enfrentados pelas mulheres e sobre a própria questão da diversidade. Sob todos os aspectos.
Este momento de isolamento social clama por um trabalho coletivo. Nesse sentido, busco destacar a importância das crianças e a busca da esperança.
Você acha que os artistas participam mais das questões sociais?
Cada artista tem sua forma de enxergar o mundo. E se a arte expressa um posicionamento em relação a questões sociais, a decisão cabe exclusivamente ao artista. Cada obra de arte é única. E não há lugar para cobranças. Afinal, a liberdade de criação é essencial.
Como funciona o seu processo criativo?
Meu processo criativo envolve meu cotidiano e a atualidade que me cerca. Envolve também um projeto e a maturação do espaço de atuação. E, é claro, amor.
Em seus trabalhos você pinta mulheres. Por quê?
Pinto mulheres e crianças, figuras que, para mim, são relacionadas.
As mulheres têm uma força criadora. Elas gestam. Elas cuidam.
São seres especiais que merecem estar em destaque.
O que você acha da chamada “arte comercial”?
É preciso diferenciar dois aspectos: a arte criada unicamente visando fins lucrativos, e a cobrança de um valor justo pelo trabalho do artista. Quem produz arte também tem necessidades materiais. Tem de receber de modo a poder sobreviver, comer, comprar os materiais necessários. Sem esse mínimo, como seguirá produzindo?
O que é preciso para compor uma grande obra?
É difícil definir. Em minha opinião, uma grande obra é algo quase sobrenatural.
É algo que impacta a todos. Entre outros elementos, dois deles, com certeza são a criatividade e o domínio da técnica.
Qual obra sua você destacaria como um marco na sua vida artística?
Três obras que me marcaram profundamente: as Ovelhas, o Anjo e o Tigre da série Flame Cats.
Quais são suas referências?
Entre os clássicos, Rembrandt e da Vinci. E também a inspiração de Alex Katz e as cores de David Hockney.
Qual sua mensagem para quem está começando?
Coragem!
Eu poderia destacar a importância de perseverar. Poderia falar sobre a importância de ter os olhos sempre abertos para as cores e o coração sempre atento aos sentimentos. Poderia destacar a necessidade de definir um estilo.
Mas nada disso levaria adiante sem a coragem para dar esse salto no escuro e confiar no êxito.
Coragem!
Saiba mais sobre Mariana:
Instagram: @marimendoncaa...
Intagram: @uptimeartgallery
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