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Foto do escritorMarisa Melo

Entrevista com a artista visual Luah Jassi

Atualizado: 20 de fev.

O trabalho da UP Time Art Gallery é inspirar e fascinar através da Arte. Nossos artistas apresentam trabalhos que retratam nossas emoções, nossas causas, nossas vidas. O público sempre quer conhecer o artista por trás da obra. Quem é, como pensa? Que história de vida levou a esse trabalho?


Hoje conversamos com Luah Jassi!



Como foi o início de sua carreira?

Fui criada com incentivo a Arte, com 7 anos já dedilhava um violão, com 5 anos já fazia cachecol de tricô para minhas bonecas.

Na fase adulta, já casada, frequentava galerias comprando tapetes e obras de Arte para vestir meu apartamento. Cheguei a fazer consórcios na época para poder adquiri-las.

O início de minha carreira artística deve-se ao vazio que sentia longe do mar, da família, já que havia me mudado para outra cidade, Criciúma, onde busquei no Assissi, ateliê de Marlene Milanezi Justi, meu refúgio para desenvolver a pintura artística e expressar meus sentimentos.

Ali tudo começou, me negava a pintar cópias, queria criar. A professora e artista plástica, Marlene me incentivou a vencer risadas de colegas e continuar com minha Arte.

A necessidade que sentia em dividir minha essência com pessoas tão diferentes de minha formação, me fez crescer e perceber que aquele era o canal de comunicação.

Sempre alegre, positiva, até infantil, consegui expressar o que pensava sobre fatos políticos, religião e sociedade, tudo de forma simbólica.

Busquei conhecimento e criei minhas técnicas, comecei!


Como é a sua arte de uma maneira geral?

Minha Arte não respeita regras e técnicas perfeitas. Não me intimido com críticas negativas, gosto de provocar!

Faço ao contrário porque entendo que a construção de uma obra de Arte depende apenas da expressão, o conteúdo é você, acredito na minha simplicidade, não ouso desafiar garbosos entendedores de arte, artistas e suas sofisticadas técnicas, consigo admirá-los sem copiá-los. Quero apenas levar meu trabalho ao conhecimento do público, o expectador da Arte me interessa.


Luah Jassi


Como desenvolveu seu estilo?

Meu estilo é a minha essência, gosto de me expressar. Minha inspiração vem do dia a dia, da natureza, dos sons que ouço, das pessoas que convivo. Criei meu próprio pirão de tintas, desagradando mestres nos vários cursos por onde passei, não gosto do certinho, meu processo criativo tem responsabilidade e respeito com o resultado e sua permanência, mas só faço o que quero, ali estou inteira.


Nós sabemos que a arte tem, por uma de suas metas, refletir o contexto social de sua época. Como ela se caracteriza nos tempos atuais e o que estaria refletindo sobre o mundo em que vivemos?

Meu trabalho está sempre em sintonia com os acontecimentos, ou através de pesquisa trazendo fatos passados. Expresso de forma simbólica a política, a religião, os direitos ou a economia, tudo me interessa retratar, sem agredir, de forma lúdica, mas firme, deixando o expectador pensar, refletir, concordar ou dispersar. O sarcasmo está presente na maioria das vezes, disfarçado, porque a crítica ou o desprezo enaltecem.


O que você acha que é preciso para compor uma grande obra?

Considero que uma Obra para ser grandiosa precisa ser abraçada pelo público, causar no expectador toda a carga de emoção depositada pelo Artista naquele trabalho, se a mensagem atingiu e fixou sua atenção, será uma grande Obra. O bonito, esplêndido, só acontece com a existência do código perfeito.


Luah Jassi


Qual obra sua você destacaria como um marco na sua vida artística?

Destaco como marco na minha vida artística, neste momento, a Obra “O combate”, onde em pleno sufoco e isolamento ocasionado pela recente pandemia, me vi impedida de abraçar um irmão que havia sido hospitalizado. Joguei todas as emoções vivenciadas ali, retratando minha dor, meu lamento e impotência, juntando no trabalho 4 irmãos, unidos pela cura. Uma vitória conquistada, porque acreditar no trabalho trará não só beleza mas força a Obra.


Quais são suas referências?

Minhas referências vão do clássico ao contemporâneo, passando por vários estilos e escolas, desde que seja suave e me faça pensar, sonhar...

Gosto de visitar museus, seja no Brasil ou os mais imponentes, fora sentir as Obras de artistas renomados de vários países, épocas e estilos, chegar perto de Obras consagradas. Amo o trabalho de Gustav Klimt, Paul klee, Manet, Dali, Juarez Machado, Vick... admiro toda a forma de Arte, toda expressão é válida.


Luah Jassi


Qual mensagem você deixa para um aspirante?

Eu diria que não se intimide por não possuir apurado conhecimento no mundo das Artes, estude história da Arte homeopaticamente. Visite museus, aprecie Arte.

Ter formação em belas Artes, não garante a você a profissão, não tenha medo de parecer ridículo, desafie, crie suas técnicas, seu estilo, enfrente o desafio de apenas mostrar seu trabalho sem medo das críticas, porque elas farão você crescer.

Frequente o meio sem supervalorizar Egos, distribua alegria e siga sua trajetória sem olhar para trás, mágoas da incompreensão com certeza existirão, afinal, personagens, vaidades e Egos poderão servir de Tema para sua próxima exposição.



Luah Jassi



Sobre a UP Time Art Gallery:

Galeria de arte itinerante que reúne artistas do Brasil e de países da Europa para disseminar o que há de melhor no cenário da arte contemporânea. Fundada por Marisa Melo, a galeria de arte alcança mais de 30 países ao redor do mundo, isso porque ela funciona em formato digital desde o seu nascimento, apresentando mundialmente exposições 3D e exposições regionais presenciais com um time de artistas distintos.



Nossos serviços:

Exposições virtuais, físicas nacionais e Internacionais, Feiras de Arte, Projetos, Catálogo do Artista, Consultoria para Artistas, Coaching, Construção de Portfólio, Posicionamento Digital, Branding, Marketing Digital, Criação de Conteúdo, Identidade Visual, Biografia, Textos Crítico , Assessoria de Imprensa, Entrevistas e Provocações.




The UP Time Art Gallery's job is to inspire and fascinate through art. Our artists present works that portray our emotions, our causes, our lives. The public always wants to know the artist behind the work. Who is it, how do you think? What life story led to this work?


Today we talked to Luah Jassi.


How was the start of your career?

I was raised with the encouragement of Art, at the age of 7 I was already strumming a guitar, at the age of 5 I was already making knitting scarves for my dolls. As an adult, already married, I went to galleries buying rugs and artwork to dress my apartment. I even made consortia at the time to be able to acquire them. The beginning of my artistic career was due to the emptiness I felt far from the sea, from the family, as I had moved to another city, Criciúma, where I looked to Assissi, the studio of Marlene Milanezi Justi, my refuge to develop artistic painting and express my feelings. It all started there, I refused to paint copies, I wanted to create. The teacher and plastic artist, Marlene encouraged me to win laughs from colleagues and continue with my Art. The need I felt to share my essence with people so different from my background made me grow and realize that that was the channel of communication. Always cheerful, positive, even childish, I managed to express what I thought about political facts, religion and society, all in a symbolic way. I sought knowledge and created my techniques, I started!


How is your art in general?

My Art does not respect perfect rules and techniques. Don't intimidate me with negative reviews, I like to tease! I do the opposite because I understand that the construction of a work of Art depends only on expression, the content is you, I believe in my simplicity, I dare not challenge daring art connoisseurs, artists and their sophisticated techniques, I can admire them without copying them . I just want to make my work known to the public, the Art viewer interests me.


How did you develop your style?

My style is my essence, I like to express myself. My inspiration comes from everyday life, nature, the sounds I hear, the people I live with. I created my own muck of paints, displeasing masters in the various courses I've attended, I don't like the right thing, my creative process has responsibility and respect for the result and its permanence, but I only do what I want, there I am.


We know that art has, for one of its goals, to reflect the social context of its time. How is it characterized in current times and what would it be reflecting on the world we live in?

My work is always in tune with events, or through research bringing past facts. I express in a symbolic way politics, religion, rights or economics, everything interests me to portray, without attacking, in a playful but firm way, letting the viewer think, reflect, agree or disperse. Sarcasm is present most of the time, disguised, because criticism or contempt praises it.


What do you think it takes to compose a great work?

I believe that, in order to be great, a Work needs to be embraced by the public, causing in the spectator all the load of emotion deposited by the Artist in that work, if the message reached and fixed their attention, it will be a great Work. The beautiful, the splendid, only happens with the existence of the perfect code.


Which of your works would you highlight as a milestone in your artistic life?

I highlight as a milestone in my artistic life, at this moment, the work “O combat”, where in the midst of suffocation and isolation caused by the recent pandemic, I found myself unable to hug a brother who had been hospitalized. I played all the emotions experienced there, portraying my pain, my regret and impotence, joining in the work 4 brothers, united for the cure. A victory achieved, because believing in the work will bring not only beauty but strength to the Work.


What are your references?

My references range from classic to contemporary, passing through various styles and schools, as long as it is soft and makes me think, dream... I like to visit museums, whether in Brazil or the most imposing ones, apart from feeling the works of renowned artists from various countries, eras and styles, getting close to renowned works. I love the work of Gustav Klimt, Paul Klee, Manet, Dali, Juarez Machado, Vick... I admire every form of Art, every expression is valid.


What message do you leave for an aspirant?

I would say that don't be intimidated by not having refined knowledge in the world of Arts, study the history of Art homeopathically. Visit museums, enjoy Art. Having a background in Fine Arts does not guarantee you the profession, don't be afraid to look ridiculous, challenge, create your techniques, your style, face the challenge of just showing your work without fear of criticism, because they will make you grow. Attend the medium without overvaluing Egos, distribute joy and follow your path without looking back, sorrows of incomprehension will certainly exist, after all, characters, vanities and Egos can serve as a theme for your next exhibition.


About UP Time Art Gallery: Itinerant art gallery that brings together artists from Brazil and European countries to disseminate the best in the contemporary art scene. Founded by Marisa Melo, the art gallery reaches more than 30 countries around the world, because it works in digital format since its birth, presenting worldwide 3D exhibitions and face-to-face regional exhibitions with a team of distinguished artists.



Our services: Virtual, national and international physical exhibitions, Art Fairs, Projects, Artist Catalog, Consulting for Artists, Coaching, Portfolio Building, Digital Positioning, Branding, Digital Marketing, Content Creation, Visual Identity, Biography, Critical Texts, Advisory Press, Interviews and Provocations.



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