O trabalho da UP Time Art Gallery é inspirar e fascinar através da Arte. Nossos artistas apresentam trabalhos que retratam nossas emoções, nossas causas, nossas vidas. O público sempre quer conhecer o artista por trás da obra. Quem é, como pensa? Que história de vida levou a esse trabalho?
Hoje conosco, Luiza Montezuma!
1- Conte como está sendo ser artista visual aos 19 anos e de onde vem tanta experiência?
Tem sido um recomeço para mim. Eu não pintava desde os dezoito anos por uma série de motivos: bloqueio criativo, sobrecarga com a faculdade e uma desmotivação geral proporcionada pela pandemia. Felizmente estou tendo a oportunidade de recomeçar agora, e da melhor forma possível. Eu genuinamente acredito que não haja muita experiência de fato, somente uma trajetória, desde a infância, de muito estímulo ao fazer artístico e à apreciação das artes no geral
2- Como é o seu processo criativo?
Acredito que meu processo artístico seja constante e muito diverso. Estou sempre me inspirando nas mais diferentes fontes, sejam sentimentos, objetos da vida cotidiana, notícias recentes; ou sejam, de fato, obras de artistas que admiro. Isso ocorre, às vezes, até mesmo inconscientemente. Na hora de pintar, posso ter algumas ideias em mente que pretendo explorar, mas nada é minuciosamente planejado. Creio que essa seja a forma que mais faz sentido para mim.
"Tríade" - Luiza Montezuma
3- Quais são suas referências?
Em termos de movimentos artísticos, posso dizer que me identifico e referencio bastante, principalmente, ao expressionismo abstrato e ao surrealismo. Por outro lado, não me conecto muito com a expressão hiper-realista, por exemplo, mas tento sempre “emprestar” um pouco das características de tudo que me afeta, sem restrições, desde a vida cotidiana, até a multiplicidade do universo artístico.
4- Você acha que toda arte deve ser engajada?
Um dos fatores mais importantes para mim é a liberdade que a arte oferece. Então, na minha concepção, não há regra comum a todas as formas e manifestações de arte e, nessa ótica, não acho coerente impor engajamento. Porém, para mim, a arte só costuma fazer sentido quando é, de alguma maneira, engajada. Tanto a que produzo, quanto a que consumo: toda arte, em maior ou menor grau, na minha perspectiva, se torna mais atrativa quando propõe crítica e reflexão
5- Como é ser artista aos 19 anos?
Acho que essa é uma ótima pergunta, porque faz com que eu reflita bastante sobre minha própria condição. Certamente há desafios e inseguranças, muitas vezes minha personalidade me impede de enxergar beleza em alguns trabalhos meus, mas tento ter confiança. Porém, no que diz respeito ao ser artista aos dezenove anos, por si só, não tenho certeza da minha resposta, porque essa experiência tem me trazido a mesma sensação no decorrer de toda a minha vida. Por isso, ter a arte no meu cotidiano produtivo vem me trazendo as mesmas euforia e sensação de identificação desde sempre: dos três anos, quando comecei a desenhar, até hoje, ser artista – se posso, de fato, me denominar assim – tem sido uma vivência una e permanente, e espero que assim continue sendo.
"Derretendo" - Luiza Montezuma
6- Quais são os pintores que lhe inspiram?
Os dois maiores nomes que tenho como referências artísticas são Frida Kahlo e Jean-Michel Basquiat. Ambos têm estilos díspares, mas aprecio características bastante fortes nas obras de cada um. A história pessoal, as referências políticas e a filosofia por trás da obra de Frida me inspiram muito e me permitem buscar esboçar um modus operandi criativo para fazer minhas pinturas. Já os estudos anatômicos, a irreverência e a composição de formas e cores de Basquiat, desde a primeira vez em que tive contato com o artista, revolucionaram completamente o meu senso estético, fazendo com que eu passasse a conseguir me expressar melhor e me identificar mais com ele. Dentre os artistas contemporâneos a eles, posso citar vários, mas admiro bastante o trabalho da Marcela Cantuária e de Samuel de Sabóia, extremamente impactantes e relevantes no cenário artístico brasileiro atual.
7- Qual mensagem está por trás de suas obras?
Tudo que pinto, nos dois últimos anos, tem significados psicológicos muito importantes para mim, e que espero que ressoem sobre os olhos de quem vê, também. Intensifiquei a produção das minhas pinturas durante a pandemia, então muitas carregam os sentimentos de angústia, de despersonalização, de medo e de incerteza, dentro de uma lógica de busca pelo extravasamento. Ainda assim, isso não significa que a mensagem que pretendo transmitir com os quadros seja necessariamente negativa: creio que a identificação das pessoas com esses sentimentos pode proporcionar empatia e maior sensibilidade. Pelo menos, é isso que busco.
"Olhando Perto Demais" - Luiza Montezuma
Saiba mais:
@montezumarte
Sobre a UP Time Art Gallery:
Galeria de arte itinerante que reúne artistas do Brasil e de países da Europa para disseminar o que há de melhor no cenário da arte contemporânea. Fundada por Marisa Melo, a galeria de arte alcança mais de 30 países ao redor do mundo, isso porque ela funciona em formato digital desde o seu nascimento, apresentando mundialmente exposições 3D e exposições regionais presenciais com um time de artistas distintos.
Nossos serviços:
Exposições virtuais, físicas nacionais e Internacionais, Feiras de Arte, Projetos, Catálogo do Artista, Consultoria para Artistas, Coaching, Construção de Portfólio, Posicionamento Digital, Branding, Marketing Digital, Criação de Conteúdo, Identidade Visual, Biografia, Textos Crítico , Assessoria de Imprensa, Entrevistas e Provocações.
"De Volta Para Casa" - Luiza Montezuma
"Desconstrução" - Luiza Montezuma
The UP Time Art Gallery's job is to inspire and fascinate through art. Our artists present works that portray our emotions, our causes, our lives. The public always wants to know the artist behind the work. Who is it, how do you think? What life story led to this work.
Today with us, Luiza Montezuma!
1) Tell me what it's like to be a visual artist at 19 and where does so much experience come from? It has been a fresh start for me. I hadn't painted since I was eighteen for a number of reasons: creative block, overload with college and a general lack of motivation provided by the pandemic. Fortunately, I'm having the opportunity to start over now, and in the best way possible. I genuinely believe that there is not a lot of experience, just a trajectory, from childhood, of a lot of stimulation to the artistic making and the appreciation of the arts in general.
2) How is your creative process? I believe that my artistic process is constant and very diverse. I'm always inspired by the most different sources, be it feelings, objects of everyday life, recent news; that is, in fact, works by artists I admire. This happens, sometimes, even unconsciously. At the time of painting, I may have some ideas in mind that I intend to explore, but nothing is meticulously planned. I think this is the way that makes the most sense to me.
3) What are your references? In terms of artistic movements, I can say that I identify with and refer a lot, mainly to abstract expressionism and surrealism. On the other hand, I don't really connect with the hyper-realistic expression, for example, but I always try to “borrow” a little of the characteristics of everything that affects me, without restrictions, from everyday life to the multiplicity of the artistic universe.
4) Do you think all art should be engaged? One of the most important factors for me is the freedom that art offers. So, in my view, there is no rule common to all forms and manifestations of art and, from this point of view, I don't think it's coherent to impose commitment. However, for me, art usually only makes sense when it is, in some way, engaged. Both the one I produce and the one I consume: all art, to a greater or lesser extent, from my perspective, becomes more attractive when it proposes criticism and reflection.
5) What is it like to be an artist at 19? I think this is a great question, because it makes me reflect a lot about my own condition. Certainly there are challenges and insecurities, my personality often prevents me from seeing beauty in some of my works, but I try to have confidence. But when it comes to being an artist at nineteen, by itself, I'm not sure of my answer, because this experience has felt the same way my whole life. Therefore, having art in my productive daily life has always brought me the same euphoria and sense of identification: from the age of three, when I started to draw, until today, being an artist – if I can, in fact, call myself that – has been a one and permanent experience, and I hope that it will continue to be so.
6) Which painters inspire you? The two biggest names I have as artistic references are Frida Kahlo and Jean-Michel Basquiat. Both have different styles, but I appreciate very strong characteristics in the works of each. The personal history, political references and philosophy behind Frida's work inspire me a lot and allow me to try to sketch a creative modus operandi to make my paintings. On the other hand, the anatomical studies, the irreverence and the composition of shapes and colors by Basquiat, since the first time I had contact with the artist, completely revolutionized my aesthetic sense, making me able to express myself better and identify myself more with him. Among the contemporary artists, I can cite several, but I greatly admire the work of Marcela Cantuária and Samuel de Sabóia, extremely impactful and relevant in the current Brazilian art scene.
7) What message is behind your works? Everything I paint in the last two years has very important psychological meanings for me, and I hope they resonate with the beholder's eyes, too. I intensified the production of my paintings during the pandemic, so many carry feelings of anguish, depersonalization, fear and uncertainty, within a logic of search for extravasation. Still, this does not mean that the message I intend to convey with the paintings is necessarily negative: I believe that identifying people with these feelings can provide empathy and greater sensitivity. At least, that's what I'm looking for.
About UP Time Art Gallery: Itinerant art gallery that brings together artists from Brazil and European countries to disseminate the best in the contemporary art scene. Founded by Marisa Melo, the art gallery reaches more than 30 countries around the world, because it works in digital format since its birth, presenting worldwide 3D exhibitions and face-to-face regional exhibitions with a team of distinguished artists.
About Marisa Melo: Graduated in Advertising and Marketing, Fashion and Photography. Specialist also in art criticism, Business Management, Art and Aesthetics and Graphic Design. Visual artist, consultant for artistic projects, producer of exhibitions, curator and writer of curatorial texts.
Our services: Virtual, national and international physical exhibitions, Art Fairs, Projects, Artist Catalog, Consulting for Artists, Coaching, Portfolio Building, Digital Positioning, Branding, Digital Marketing, Content Creation, Visual Identity, Biography, Critical Texts, Advisory Press, Interviews and Provocations.
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